Suspeito de atacar o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro, durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG), Adelio Bispo de Oliveira, de 40 anos, já tinha sido acusado pelo crime de lesão corporal, segundo a Polícia Militar de Minas Gerais (MG). O boletim de ocorrência em que Oliveira é acusado de atentar contra a integridade física de outras pessoas é de 2013.
O homem foi detido logo após o ataque e encaminhado à Delegacia da Polícia Federal em Juiz de Fora (MG), onde presta depoimento. “Policiais militares que se encontravam nas imediações conseguiram apreender o infrator imediatamente após a ocorrência”, contou o major da PM-MG, Flávio Santiago, à Agência Brasil, confirmando que pessoas que acompanhavam o ato político chegaram a agredir o suspeito.
“A ação rápida dos policiais garantiu a incolumidade física do infrator, impedindo que ele fosse linchado”, acrescentou o major.
Um perfil no Facebook em nome de Adélio Bispo de Oliveira, e com fotos que identificam o homem preso pela Polícia em Juiz de Fora, contém várias publicações contra Bolsonaro e seus apoiadores, bem como críticas à maçonaria. O autor da página demonstra fixação por esses dois temas – Bolsonaro e maçonaria – e o perfil exibe várias postagens ilógicas e confusas, sempre relatando supostas conspirações.
No dia 1° de agosto, o autor questionou, por exemplo, se 30 mil comunistas foram assassinados no governo militar brasileiro. E ele próprio responde: "Numerologia maçônica?", diz, citando supostos massacres de índios e negros no país e concluindo: "claro sempre vinda da direita maçônica, capitalista, burguesa e nazista". Em seguida, afirma que Bolsonaro é apoiado "por clãs maçônicos".
Na página, há muitas publicações em defesa do comunismo, inclusive apresentando o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, como um exemplo de comunista. Também há ataques a políticos, como a senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS), candidata a vice-presidente da chapa de Geraldo Alckmin (PSDB), com foto de campanha dos dois.
A última publicação é do dia 3 de agosto, sobre o perfil do eleitorado de Santa Catarina, com um link para matéria a respeito. Cerca de um mês antes, o titular do perfil fez check-in em uma escola de tiro em Florianópolis (SC).
Após o ataque a Bolsonaro, a página foi duramente atacada. Também foram criados vários perfis em nome de Oliveira, depois que ele já se encontrava preso, usando sua foto e uma imagem de uma balança.
Matéria ampliada às 19h35 para inclusão de informações do perfil no Facebook
Veja a reportagem na fonte.