O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em primeira instância, condenou o ex-deputado federal André Vargas, o irmão dele Leon Vargas, o empresário Marcelo Simões e Meire Poza, ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, pelo crime de lavagem de dinheiro.
De acordo com a sentença de Moro, os quatro condenados ocultaram R$ 2.399.850, “provenientes de crimes contra a administração pública” em um contrato entre a Caixa Econômica Federal e a IT7 Sistemas Ltda.
Segundo a denúncia oferecida em dezembro de 2016 pela força-tarefa da Operação Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF), o ex-deputado "teria se utilizado indevidamente de sua influência política" junto a funcionários da Caixa Econômica Federal, no final de 2013. O objetivo era a contratação da empresa IT7 Sistemas Ltda, pertencente a Marcelo Simões, para prestar serviços de informática e fornecer programas de computador para uso do banco.
Segundo o MPF, a IT7 Sistemas pagou propina de quase R$ 2,4 milhões a André Vargas e ao irmão Leon Vargas, com a intermediação do doleiro Alberto Youssef. O contrato com a Caixa rendeu à empresa de informática R$ 71,3 milhões. Além disso, segundo a força-tarefa, a propina teria sido recebida "de forma dissimulada" a partir de notas fiscais emitidas por empresas vinculadas a Meire Poza, que trabalhou para o doleiro.
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