Aprovadas para cargo de Agente de Organização Escolar, em São Paulo, precisam realizar exames ginecológicos em etapa de processo seletivo
Um dos requisitos solicitados no edital de um concurso da secretaria de educação paulista tem causado desconforto para candidatas que concorrem ao cargo público. Uma das etapas do processo seletivo determina que as mulheres apresentem ´comprovante de virgindade´. Caso não sejam virgens, as aprovadas devem realizar dois exames médicos: colposcopia e colpocitologia oncótica (conhecido como Papanicolau). As informações foram publicadas pelo portal iG.
De acordo com o texto divulgado pela Secretaria, as mulheres que não possuem vida sexual ativa, deverão apresentar declaração de seu médico ginecologista assistente. Com o documento, a candidata ficaria isenta de apresentar os outros exames solicitados.
A exigência gerou constrangimento em mulheres que não se sentiam confortáveis de pedirem uma declaração de virgindade ao médico.
Segundo as informações divulgadas pelo Departamento de Perícia Médica do Estado (DPME), órgão responsável pela solicitação dos exames médicos, o requisito presente no edital do concurso é uma medida preventiva. Uma forma de atestar a capacidade técnica, a capacidade física e mental dos que vão assumir o cargo por aproximadamente 25 anos – tempo médio de permanência no Estado.
O concurso público da Secretaria de Educação de São Paulo aconteceu no ano de 2012. E, agora, dois anos depois, os aprovados estão sendo chamados. São mais de 10 mil vagas a serem ocupadas no cargo de Agente de Organização Escolar.
Mulheres que tenham mais de 40 anos também devem realizar exames de mamografia, para prevenção contra o câncer de mama. No caso dos aprovados do sexo masculino, são pedidos testes de detecção de câncer de próstata para aqueles com mais de 40 anos. Homens com idade inferior não precisam realizar exames específicos.
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