Escolas estaduais desenvolvem projetos pedagógicos que reforçam importância da leitura [Portal VozdoCLIENTE]
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Escolas estaduais desenvolvem projetos pedagógicos que reforçam importância da leitura Agência Minas





Ana Paula da Silva, de 10 anos, perdeu as contas de quantos livros leu no ano passado. “Foram tantos que nem sei. Eu ia à biblioteca e escolhia. Quanto mais livros eu lia, mais dava vontade de ler”, conta a aluna do 5º ano do ensino fundamental, da Escola Estadual Professor Antônio Viçoso Magalhães, em Muriaé, na Zona da Mata mineira. Apaixonada pelas histórias de Chapeuzinho Vermelho e Cinderela, a jovem leitora destaca que “a leitura ajuda a entender melhor as coisas e na escola fica mais fácil fazer os exercícios”.

A escola onde Ana Paula estuda tem papel fundamental em seu hábito de leitura. Lá, ela e seus colegas participam do o projeto “Sacola Mágica Viajante”. “Cada semana um aluno é sorteado para levar a sacola. Dentro dela vai um livro de história e um caderno com a ficha literária, que deve ser preenchida. Eles ficam com o livro durante uma semana e depois fazem o reconto para os colegas”, conta a responsável pelo projeto e professora para o uso da biblioteca, Dayane Costa Silva Belote.

Na rede estadual de ensino mineira, iniciativas como a desenvolvida na Escola Estadual Professor Antônio Viçoso Magalhães são comuns. As escolas desenvolvem diferentes projetos de incentivo à leitura e atendem ao chamado do mês em que é comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil (18/4) e o Dia Mundial do Livro (23/4).

Em Belo Horizonte, a Escola Estadual Doutor Antônio Augusto Soares Canedo participa do projeto “Ler é Viver”, do Instituto Gil Nogueira, para incentivar a prática da leitura entre os estudantes do ensino fundamental da rede pública. Ano passado, a aluna do 5º ano Izabella Azevedo de Sousa leu 15 livros. Este ano a expectativa é que o número seja maior. “Me inspiro muito quando leio os livros. Me imagino fazendo as coisas que estou lendo e acho muito legal. Esse ano quero ler mais e mais”, afirma.

Mesmo morando a quilômetros de distância, o sentimento que a leitura traz para Izabella também está presente na aluna do 4º ano do ensino fundamental Sônia Maria Reis de Carvalho. “Quando estou lendo, penso que estou dentro da historinha e vivendo as mesmas emoções dos personagens”, conta a estudante da Escola Estadual Professor Rafael Magalhães, em Itajubá.

A paixão de Sônia é tanta que, entre os presentes de Natal, ela ganhou vários livros que já foram todos lidos. “Com os que eu ganhei, este ano já li muitos livros. Pego na biblioteca da escola também. Algumas vezes a tia deixa levar dois. Leio em casa e na escola, quando termino as atividades”. De acordo com a ficha da biblioteca, só de março a abril Sônia já leu 31 livros.

Jovens escritores

A leitura pode abrir diferentes portas e também despertar nos estudantes o desejo de serem autores. Na Escola Estadual Presidente Costa e Silva, em Minas Novas, no Vale do Jequitinhonha, além de os estudantes serem leitores ávidos de livros infantis, eles também criam suas próprias histórias. O projeto “Clube de leitura - Dando asas à imaginação” tem como foco estimular a leitura e a escrita.

“A nossa meta é que cada aluno consiga ler, pelo menos, 25 livros da nossa biblioteca. A partir da leitura, eles fizeram o reconto das histórias de diferentes formas. Um trabalho desenvolvido com o professor em sala de aula deu origem às produções que foram transformadas em livros. Por meio de uma parceria, conseguimos que 218 crianças tivessem seus livros publicados ano passado. Os demais pretendemos publicar esse ano”, conta o supervisor pedagógico da escola, Dalmir Lenicio  Pires.

Os livros elaborados pelos estudantes estão sendo apresentados para outras escolas e instituições do município. Sabrina Bernardes Alecrim Pereira é aluna do 6º ano do ensino fundamental. Apaixonada pela leitura e pela escrita, em seu livro ela falou sobre uma garota que tinha muita imaginação e que adorava as estrelas. A estudante revela como está sendo apresentar seu livro para a comunidade. “É muito bom chegar lá e apresentar o que eu fiz. Eles prestam muita atenção e ficam espantados, porque não imaginam que uma criança possa escrever um livro”, diz.

Segundo Dalmir, um dos objetivos do projeto é justamente mostrar o potencial dos estudantes.  “A partir da leitura, os alunos fazem uma análise e reflexão sobre o texto e veem que também são capazes. Eles são protagonistas do seu trabalho”, destaca.

Em 2018, o projeto foi desenvolvido com alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental e para este ano, ele será ampliado para os estudantes do 6º ano.



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