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Polícia tem dificuldade para investigar acidente que matou pelo menos 18 em SP Rádio Itatiaia





Muitas peças importantes para o trabalho dos peritos na identificação das causas do acidente com ônibus que capotou na noite dessa quarta-feira, na rodovia Mogi-Bertioga, no estado de São Paulo, já próximo ao litoral norte, foram danificadas. Uma delas é, por exemplo, o tacógrafo, equipamento que poderia apontar a velocidade do veículo. A informação foi dada nesta quinta pelo titular da Delegacia de Bertioga, Fábio Pierre.

O ônibus ia de Mogi das Cruzes para Bertioga e a maioria das vítimas morava em São Sebastião. Entre os mortos e feridos, estudantes universitários e do ensino médio. Todos estudavam em Mogi das Cruzes.

No acidente, morreram pelo menos 18 pessoas e mais de 10 ficaram feridas, sendo duas estão em estado grave. Um dos passageiros, Eric Augusto Ramalho, está na Unidade de Terapia Intensiva (UIT) do Hospital Santo Amaro, no Guarujá, para onde foram encaminhados seis feridos.

Destes, dois morreram (Rita de Cássia e Carolina Mareca) e outros três estão estáveis (Lais de Oliveira, Luziane Batista e Aline de Jesus. A idade precisa das vítimas não foi divulgada pelo hospital, mas a grande maioria tem entre 19 e 22 anos.

Entre os mortos estava o motorista que trabalhava há dois anos para a empresa União do Litoral, fretado pela prefeitura de São Sebastião. Segundo a prefeitura, a empresa foi contratada para operar 13 linhas de transporte de estudantes, sendo seis no caminho entre São Sebastião e Mogi das Cruzes. A documentação do ônibus, ainda de acordo com a prefeitura, estava em ordem.

O trecho da estrada onde o ônibus tombou era de declive e com pouca iluminação, afirmou o delegado Fábio Pierre. Não estava chovendo, mas o veículo bateu numa rocha e, ao tombar ficando com as rodas para cima, teve toda a parte do teto destruída, inclusive a cabine. ”A maioria das vítimas sofreu contusões muito sérias na cabeça”, disse o delegado em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.

Perícia

Ele afirmou que pode ter ocorrido uma conjunção de fatores determinando o acidente, mas só a perícia poderá identificar se houve falha humana, condições adversas na estrada ou mesmo questões mecânicas. O problema, disse o delegado, é que está sendo muito difícil o trabalho dos peritos para auxiliar nas investigações em razão do estado em que ficou o ônibus, um monte de ferro retorcido, incluindo o tacógrafo.

A cena que se via no local logo após o acidente era chocante, afirmou o delegado. “Somos pais, temos filhos que estudam e chegar no local e ver 15 corpos e dezenas de feridos em meio a sangue, casacos, mochilas, bolsas, até cobertores porque estava frio e celulares tocando isso deixou todos chocados”, afirmou.

De acordo com o delegado, o ônibus foi fabricado em 2005 e, apesar de a estrada ser perigosa, o motorista conhecia bem o trajeto que fazia há pelo menos dois anos. O policial comentou, ainda, que por pouco não ocorreu outra tragédia porque enquanto os bombeiros, a Polícia Rodoviária e demais socorristas atendiam as vítimas, um caminhão desgovernado surgiu na contramão da estrada e só parou após bater em um guincho e em uma viatura do Corpo de Bombeiros.

O motorista do caminhão alegou ter perdido o freio. De acordo com a Polícia Rodoviária estadual, o acidente ocorreu por volta das 22h50 e a estrada ficou bloqueada entre zero hora e às 7h05 desta .



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