Altamente criticado pela série de acusações de abuso e mal uso do poder (e dinheiro) público, Eduardo Consentino Cunha foi, nesta manhã de quinta (05), julgado impróprio pelo STF em presidir a câmara dos deputados do Brasil.
O processo foi indicado pela Procuradoria Geral da União no fato de que, se o impeachment de Dilma Roussef for confirmado, Cunha estaria na linha de sucessão direta da presidência do Brasil.
De fato, em uma viagem ou vacância da presidência de Temer, o presidente da Câmara do Deputados é então empossado, ainda que temporariamente, presidente do país.
Em outra julgamento ainda para hoje foi solicitado pela REDE. Alessandro Molon (deputado por Rede-RJ) também teria argumentado que, sendo Cunha réu na Lava Jato, não o deixar presidir o país seria "violar a linha sucessória estabelecida pela Constituição porque a prerrogativa de substituir o presidente da República é da Câmara dos Deputados. Ferir a ordem constitucional da sucessão do presidente seria prejudicar uma prerrogativa da Câmara dos Deputados. Não pode a Casa ser punida porque o seu presidente tornou-se réu".
Contas na Suiça
O Ministério Público da Suíça associou quatro contas ao deputado, com cópia de passaporte diplomático, endereço de sua casa e assinatura, o que deu base à Procuradoria na abertura de um novo inquérito para apurar suspeita de envolvimento de Cunha com os desvios na Petrobras.
O presidente da Câmara, entre outras, é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro e suspeito de esconder contas na Suíça.
Fora da câmara
O mandato do STF suspende o mandato de deputado de Eduardo Cunha e, consequentemente, da Câmara dos Deputados do Brasil. Cunha já foi informado essa manhã e deve se pronunciar em mídia em breve, espera a imprensa.
Repercussão
Cunha ainda não se pronunciou sobre a questão no momento mas a repercussão nas redes sociais já começou. Minutos após a divulgação da decisão, o termo "Tchau Cunha" se tornou top na lista do Twitter.