Entenda como é feito o processo de buscas em Mariana/MG pelo Corpo de Bombeiros [Portal VozdoCLIENTE]
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Entenda como é feito o processo de buscas em Mariana/MG pelo Corpo de Bombeiros Geral (Fonte indicada)


Vídeo do Portal OTEMPO


Do portal do Corpo de Bombeiros/MG:

A operação desenvolvida pelo Corpo de Bombeiros Militar na região de Mariana já conseguiu localizar 11 vítimas, materiais e equipamentos e outros vestígios da tragédia. A técnica utilizada pela corporação baseia-se em mapear a dinâmica do desastre, ou seja, estabelecer um possível “caminho” por onde esses corpos poderiam ter percorrido. Nessa rota, os bombeiros intensificam as buscas.

Além do conhecimento técnico, os militares utilizam um GPS, estudos de mapas, informações de familiares e até mesmo os locais onde já tenham sido encontrados corpos. De acordo com o Tenente Leonard Farah, normalmente, em casos de deslizamentos, a tendência é de que o deslocamento dos corpos siga a mesma dinâmica. “No caso de Mariana, colocamos no mapa o local informado pelos familiares e depois, o local onde a vítima foi encontrada. Assim, teremos a noção da distância que esse corpo percorreu. Para localizar outros corpos, seguimos esse trajeto”. Outra técnica é confrontar o último sinal do GPS das caminhonetes encontradas com a localização feita pelas equipes. Esse outro mapeamento também é um indicador para que as buscas se concentrem naquele perímetro.

O número de bombeiros distribuídos na área de buscas é controlado pelo Posto de Comando, instalado em Mariana, e que recebe a localização geográfica das equipes, a cada meia hora por GPS. Por dia, um grupo de seis miliares, três em cada margem do rio Gualaxo, percorre 15 km. “O terreno é perigoso e ainda apresenta muitos riscos e por isso, precisamos ter um controle rigoroso sobre a quantidade de bombeiros que trabalham sob esse risco para garantir a segurança dos militares”, explica.

Bastão

O trabalho de buscas é quase manual, lento e feito com bastante atenção à procura de algum indício de que naquele local possa haver pessoas, animais ou sinais de que naquele lugar havia, por exemplo, uma residência. Antes de pisar no terreno e saber se ele está firme, se vai suportar o peso e qual a profundidade, o bombeiro afunda um bastão na lama. Quando é encontrado algum obstáculo, consegue-se perceber pelo tato qual o tipo de material (se é um metal, se é um telhado). Nesse caso, se há uma construção, as buscas são intensificadas com a ajuda de retroescavadeiras para que os bombeiros possam entrar e realizar a busca. Outra função do bastão é criar buracos chamados de “cones de odor” para que os cães consigam identificar corpos pelo faro. Também, o uso do bastão e madeiras como apoio dos militares é feito para se aumentar à superfície de contato do militar com o chão e evitar que ele seja engolido pela lama e, caso isso aconteça, o bastão é uma ferramenta para ajudar na retirada do militar.

Desde o início da operação, as buscas também tem sido feitas por meio de varreduras ao longo das margens dos rios, percorrendo o mesmo trajeto da lama, para encontrar sobreviventes, além de estudar o terreno. O Tenente Farah, que está cursando mestrado em engenharia geotécnica em desastres naturais, afirma que não existe, no mundo, nenhum equipamento para encontrar vítimas soterradas em deslizamento de terra. “O que existe é um sonar utilizado em terremotos, quando há escombros em cima das pessoas. A Nasa possui este sensor que foi utilizado no terremoto no Nepal. Mas para deslizamentos de terra, como em Mariana, não existem equipamentos para ajudar na localização de vítimas”, avalia.

Nota do VozdoCLIENTE:

Para se ter uma noção das dificuldades, uma das vítimas, o trabalhador da Samarco, Samuel Vieira Albino, de 34 anos teve o corpo resgatado no dia 8 de novembro, na cidade de Rio Doce, a mais de 100 quilômetros de Bento Rodrigues.

Veja este vídeo do Portal OTEMPO:



Bombeiros consideram o último sinal do gps das caminhonetes e a atual localização para traçar o caminho que os objetos e pessoas percorreram na lama



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