Zoonoses alerta para focos da dengue em Contagem [Portal VozdoCLIENTE]

Zoonoses alerta para focos da dengue em Contagem Prefeitura de Contagem


Maiores pontos de infestação dos mosquitos foram encontrados dentro das residências



O último Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes aegypti (Liraa) realizado pela Prefeitura de Contagem, por meio da Gerência de Zoonoses, da Secretaria Municipal de Saúde, entre os dias 20 e 24/10, constatou que os principais criadouros do mosquito transmissor da dengue e da febre chicungunya continuam sendo encontrados dentro das residências do município. Os focos foram localizados em 37,9% das residências pesquisadas, em objetos como vasos e frascos com água, pratos, garrafas, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais, materiais de construção em depósito como, por exemplo, sanitários estocados, realacionados no Grupo B na classificação de infestação.

A veterinária da gerência de Zoonoses da Secretaria de Saúde, Elisa Andrade, apontou que o segundo maior foco de infestação, apontado pelo Liraa, em Contagem, está no Grupo C, ou seja, os depósitos fixos, com um índice de infestação de 27,6%. Em terceiro lugar, os reservatórios de água (grupo A), com preponderância para os que estão ao nível do solo (filtros, moringas, cisternas, captação de água em poços e cacimbas), com 13,8%. A Zoonoses relaciona os potenciais criadouros das larvas em cinco grupos (veja tabela abaixo), visando um combate mais eficaz.

O gerente de Zoonoses da Secretaria de Saúde, Marco Túlio de Oliveira, chama a atenção para o fato de que, mesmo depois de muitos anos, de intensos trabalhos de conscientização, seja por campanhas publicitárias ou pelo trabalho dos Agentes de Combate de Endemias (ACEs), a população não adota os cuidados básicos para combater o vetor da dengue. "Há 23 anos trabalho como técnico de zoonoses. Entra ano e sai ano, não vejo uma sensível mudança no hábito preventivo das pessoas. No geral, a população se mantém numa zona de incredulidade a cerca do contágio, até que um parente, amigo ou a própria pessoa contraia a doença. Acho que o preço que se paga pela experiência de uma doença, que pode ser fatal, é um valor alto demais".

Coordenada pelo Ministério da Saúde, que sincroniza o trabalho dos municípios, a Liraa acontece três vezes por ano, nos meses de janeiro, março e outubro, e tem como principal função analisar a incidência das larvas dos mosquitos nas residências. Além do Aedes Aegypti, pela primeira vez, também foram analisadas a incidência de larvas do Aedes Albopictus, responsável pela transmissão da febre chicungunya e, também, da dengue. De posse deste levantamento, a gerência de Zoonoses coordena as ações de combate à dengue e a febre chicungunya, priorizando áreas cuja pesquisa tenha apontado maior índice de infestação.

Marco Túlio apontou que os números registrados pela pesquisa em Contagem são positivos. "O Liraa apresentou um índice de 0,3 de larvas do mosquito vetor, o que é um bom número, levando em consideração que antes do período chuvoso, favorável à multiplicação das larvas, estamos dentro da faixa de controle. Isso sinaliza que na temporada propícia à proliferação do mosquito, nos manteremos dentro de uma margem segura". Ele concluiu acrescentando que apesar dos bons indicativos, não se pode descuidar. "Logo após a pesquisa, tivemos o inicio das chuvas. Temos que continuar vigilantes".

Para fins de análise e avaliação, quando o Liraa sinaliza infestação até um 1 %, o vetor está sobre controle. Entre 1 e 3,9%, entra-se na faixa de alerta sobre a dengue. Acima de 3,9%, é constatação da epidemia.

Grupos de Classificação de Infestação

Grupo A

Locais de captação e armazenamento de água para a população

Caixas d’água, tonéis, cisternas, filtros, moringas, poços, tambores e outros.

Grupo B

Depósitos móveis

Vasos e frascos com água, pratos, garrafas, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais, certos materiais em depósito de construção, objetos religiosos usados em rituais e recipientes de degelo em geladeiras.

Grupo C

Depósitos fixos

Tanques em obras, borracharias, hortas, calhas, lajes, toldos em desníveis, ralos, sanitários em desuso, piscinas não tratadas, floreiras, vasos em cemitérios, obras arquitetônicas, etc.

Grupo D

Passíveis de remoção

Com ênfase para pneus e demais materiais rodantes, como câmaras de ar e manchões, além de recipientes plásticos, garrafas, latas, sucatas em pátios, ferro-velho, entulhos de construção.

Grupo E

Criadouros naturais

Folhas de plantas que empoçam água da chuva (bromélias), buracos em árvores e em rochas, entre outros.



Veja a reportagem na fonte.



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